Viajamos pela companhia aérea KLM, muito boa, avião bem conservado, comida boa e atendimento 100%.
Poucos depois que embarcamos, o Hélcio passou mal do estômago, talvez culpa das cervejinhas que tomou enquanto esperávamos o vôo no Rio de Janeiro, mas quando vi o rosto dele verde, achei melhor pedir um remédio para o pessoal de bordo, que falavam inglês ou holandês, optei por inglês claro e um senhor muito gentil trouxe dois comprimidos para ele chupar e aos poucos foi melhorando, quando vi as bochechas rosadas novamente já deduzi que ele estava bem.
Foi duro o vôo de mais de 11 horas de viagem, eu já estava com dor na lombar e a Dani também, enfim chegamos ao aeroporto de Amsterdam.
Nenhum aeroporto do Brasil bate no aeroporto de Amsterdam, parece mais um shopping center, cheio de lojas, mercados, enfeites de natal e muita gente.
Ao sair do avião, no corredor tinha quatro policiais e um deles estava com um cachorro que cheirava nossas malas de mão quando passávamos, isso sem parar. Andamos muito para pegar as malas, mas primeiro, passamos na imigração da Holanda, tinha bastante gente, mas foi super rápido, fomos nós quatro junto, não pediram nenhum documento fora o passaporte, onde carimbaram sem ao menos olhar direito. Justo para o Hélcio o rapaz da imigração pergunta: “Do you speak English?” e ele responde “malmenos”. Vai o rapaz achou que o Hélcio fosse alemão hahaha
Pegamos as bagagens e fomos para a Avis pegar o carro. O Dani tinha reservado uma Zafira, para caber todas as malas, chegando lá, o carro não estava disponível. Depois de muito pensar e olhar as malas, a mulher que nos atendeu, pegou outro carro com pneus para neve. Ao ver o carro, um Astra hecth (não existe esse modelo no Brasil) não cabia nossas malas, acho que só cabia uma mala nossa , lá vai um rapaz tentar ver se conseguia outro carro com pneus para neve, mais um tempo perdido e acharam outro Astra sedan (também não existe esse modelo no Brasil). O porta malas era maior do que o outro carro, mas ao colocar nossas malas, o porta-malas do carro não fechava, o rapaz passou um tempão ajeitando as malas e quando enfim conseguiu demos uma salva de palmas com direito a gritinhos e tudo para ele hahahaha, afinal era o único carro grande com pneus para neve e como vamos pegar parte da Alemanha esse pneu é obrigatório.
Saímos da Avis e ligamos nosso GPS, porém ao clicar em pesquisar endereço ou qualquer outra função para mostrar o mapa, ele reiniciava sozinho, mexemos de todas as formas e nada. Sem ter o que fazer, fomos atrás de comprar um, já que o carro estava com o painel em holandês, onde não conseguimos nem fuçar pra ver se tinha GPS, só conseguiram ligar e escutar música e o preço para alugar um GPS junto com o carro, era o mesmo do que comprar um novo.
Paramos em um quiosque de flores, que por aqui são comuns e magníficos, e tive que descer perguntar onde tinha um mercado. Ao seguir pelo caminho ensinado, encontramos um posto de gasolina, desta vez o Dani perguntou onde tinha o mercado, já que não encontramos. O senhor ensinou o mesmo local, onde passamos e não vimos nada, quando estávamos retornando o Hélcio viu uma loja que vendem eletrônicos. Era uma loja de três andares, no primeiro tinha televisões de todos os tamanhos e tipos, no subsolo, eletrodomésticos, e no segundo andar, celulares, GPS, notebooks e câmeras. Compramos um GPS igual ao que levamos, por já saber usar.
Ao lado dessa loja tinha o mercado que nos ensinaram, que por sinal, não vendiam eletrônicos, compramos algumas coisas e ao sair do mercado já estava começando a escurecer, isso era umas 16h.
Seguimos para o hotel, não tinha percebido que peguei a reserva do último dia, tivemos que voltar para o carro e seguir para o outro hotel.
Aqui as vagas de carro, em alguns lugares, são pagas por meio de uma máquina eletrônica onde é possível passar o cartão de crédito.
Deixamos as coisas no hotel, colocamos mais algumas blusas e fomos para o restaurante que eu havia reservado o Moeders, o restaurante das mães. Com muitas fotos de mães penduradas em todo lugar, até nos banheiros, essas fotos são mães dos próprios clientes. Um lugar pequeno e muito aconchegante e a comida maravilhosa. Ao pedir a conta falei para a moça que nos atendeu que éramos do Brasil e eu tinha visto uma indicação daquele bar e que gostamos muito, ela já perguntou se eu tinha levado uma foto da minha mãe, eu disse que havia esquecido, e fiquei triste, passei o tempo todo lembrando da foto no Brasil e havia esqueci de levar. Como a moça disse: “maybe next time”.
Moeders
Saímos do restaurante e fomos dar uma volta no Bairro da Luz Vermelha. Coisa de outro mundo, com muitos cafés shopping onde vende drogas legalizadas, todos eles tinham gente comprando. Muito sexy shopping e muitas janelas com néon em volta, dentro uma moça de lingerie toda arrumada, aqui a prostituição também é legalizada, inclusive as moças pagam impostos para o governo. Andamos com o carro em cada rua que era impossível saber se poderíamos mesmo andar por ali, muito estreitas e com muitas pessoas. Levamos um tempo para conseguir sair. Paramos o carro e não andamos uma quadra, decidimos voltar, o clima não era muito amigável.
Voltamos para o hotel dormir.
Mais fotos depois que voltarmos para o Brasil.